terça-feira, 29 de abril de 2014

A lição do silêncio

                          São muitas as vozes; ruídos se multiplicam. No labiríntico cotidiano de sons, diluímos nossas emoções, sem tempo para meditar. Como se o tempo não tivesse sido nossa invenção e, por isso, não tivéssemos sobre ele controle. No entre lugar, naquela fresta, naquele sulco jaz o silêncio de que precisamos, às vezes sem saber. Refugio-me ali, agora, por um instante. Aí, então, o silêncio ainda me diz que sou arte; que escrevo de mim todos os dias. São linhas tortas ou retas, firmes ou vacilantes, mas...tudo de mim. O silêncio me lembra a que fui chamada, me lembra de minha constituição real. Sou obra de arte.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ao amigo poeta

                                   Fernando Fiorese surpreende ao tirar do cotidiano aquele encantamento primevo. Dos poemas ao recente 'Breviário' suas palavras arrebatam e o leitor se rende sem receio. Seus textos evocam aquela lembrança de infância, aquele sonho feito e refeito, aquele dia que foi noite e foi luz de novo, da crua realidade do mundo, da magia do texto.
                                   Em www.corpoportatil.blogspot.com, a leitura é fluida e imperdível. Vale conferir.
                                  

23 de abril - nasce o Bardo

                             William Shakespeare revolucionou para sempre o mundo das letras. Sua visão do mundo - exterior e interior de cada um - encanta e inspira gerações diversas. Amor, vingança, lealdade, traição, coragem, dúvida, tragédia, comédia - tudo ali condensado na tinta da pena.
                              Uma lembrança carinhosa e saudosa em algumas de suas linhas:

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.".


"A alegria evita mil males e prolonga a vida.".


"É um amor pobre aquele que se pode medir.".

Para o dia mundial do livro

                         Tenho uma relação visceral com os livros. Tê-los por perto me agrada e acalma. A leitura à noite, após um dia de trabalho, traz de volta o gosto pelo irreal, pelo imaginativo que me move. Descanso nas páginas de um livro como alguns numa rede. Há um silêncio receptivo em mim para tudo o que ele tem a dizer. Dizer do mundo - do meu, interior e do outro em que transito. As letras brincam de adivinha e descobrem meus projetos, meus sonhos e minhas dúvidas. As palavras choram e gargalham comigo. Nessa tessitura passo os meus dias, alçando-me cada vez mais, sempre em busca, sempre a caminho.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sem García, na solidão

                                Hoje, dia 17 de abril de 2014, o mundo das letras, da fantasia, da imaginação criativa está mais triste com  a  morte de Gabriel García Marquez.
                                Cem anos de solidão foi uma das experiências de  leitura mais intensa que tive. Anos de sonhos, desfeitos ou não, de amores, de sabores estão condensados em poucas páginas. Uma grande obra tem este efeito, acredito.
                                Ter convivido com seus escritos me alegra. A tristeza vem de saber que suas mãos não desenharão mais os mistérios do coração humano. Ler e reler García Marquez para que as palavras tenham o toque de eternidade.

sábado, 12 de abril de 2014

Meditação

                                                       Sinto, logo existo
                                                       Porque sinto e choro
                                                       Existo
                                                       Estou na risada, também
                                                       Porque existo, entendo
                                                       Que a vida passa rápido
                                                       Que a gente coleciona horas e minutos
                                                       Que não há tempo a perder
                                                       Porque entendo, existo
                                                       Que os amigos são bens
                                                       Que a família é dom
                                                       Que a fé é minha essência.

domingo, 6 de abril de 2014

Abril, mês de Shakespeare






"This life, which had been the tomb of his virtue and of his honour, is but a walking shadow; a poor player, that struts and frets his hour upon stage, and then is heard no more: it is a tale told by na idiot., full of sound and fury, signifying nothing."

Macbeth



A peça mais sombria de Shakespeare: repleta de intrigas, maus agouros, vingança. No entanto, linhas que descortinam o interior obscuro do ser humano se descortinam à frente de leitores deslumbrados.
 

 


Qual sua personagem favorita? II

O Rouxinol... O Rouxinol e a Rosa é um adorável conto infantil do querido Oscar Wilde. O pássaro tão cantado pelos poetas personifica um ve...