"A realeza do leitor é apenas imaginária,já que deve todo o seu poder à essa máquina infernal que é o livro, aparelho de criar significações."
A afirmação de Merleau-Ponty em A prosa do mundo subverte a relação escritura-leitura. O filósofo destaca que, a princípio, o autor está mudo e de repente "o fluxo de palavras vem em socorro desse silêncio". No instante da leitura, o indivíduo é cativado e sente como se conversasse com o autor, sem palavras, de espírito para espírito. O livro, porém, não o mantém no terreno seguro, junto ao autor. Ele se intalou no mundo do leitor, "desviou os signos de seu sentido oridinário" para lançá-lo num turbilhão para um outro sentido vir a encontrar. O livro é aqui microcosmo do mundo, o tapete persa de Lorde Henry, em O retrato de Dorian Gray. O texto impulsiona, desinstala.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Meditação com Wilde
"A dor que a arte produz em nós nos purifica e nos inicia" O crítico como artista - 2a parte
As lágrimas que surgem sorrateiras ou o sorriso que desponta matreiro constituem re-ações. A arte toma ação e toca, bate, corta,convidando a uma obrigatória resposta. Quantas vezes a leitura de uma frase apenas nos exorta sobremaneira a ponto de sentirmo-nos obrigados a fechar o livro e meditar.
"Vivemos porque nos exprimimos" O crítico como artista- 2a parte
Se uma certa timidez de espírito ou o frenético ritmo cotidiano sacrifica em nós a expressão, a obra artística vem célere em nosso socorro, levando-nos a encruzilhadas, fronteiras, limites, afastando-nos do lugar comum, resgatando nossa veia curiosa e aventureira.
As lágrimas que surgem sorrateiras ou o sorriso que desponta matreiro constituem re-ações. A arte toma ação e toca, bate, corta,convidando a uma obrigatória resposta. Quantas vezes a leitura de uma frase apenas nos exorta sobremaneira a ponto de sentirmo-nos obrigados a fechar o livro e meditar.
"Vivemos porque nos exprimimos" O crítico como artista- 2a parte
Se uma certa timidez de espírito ou o frenético ritmo cotidiano sacrifica em nós a expressão, a obra artística vem célere em nosso socorro, levando-nos a encruzilhadas, fronteiras, limites, afastando-nos do lugar comum, resgatando nossa veia curiosa e aventureira.
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