segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Impressionismo II

            O impressionista retrata as coisas tal como aparecem no primeiro momento que, para ele, é o verdadeiro. A consciência, com seu conhecimento prévio de regras e leis, ainda não se interpôs. Umberto Eco em História da beleza cita as palavras de Manet: "não se faz uma paisagem, uma marina, uma figura; faz-se a impressão,em certa hora do dia, de uma paisagem, de uma marina ou de uma figura.". O interesse do impressionista, portanto, é o de trazer novas possibilidades de percepção, aumentar o escopo, a abrangência do olhar.
            Aproximamo-nos sobremaneira dos textos decadentistas. Em O retrato de Dorian Gray, por exemplo, o protagonista ganha de Lorde Henry um misterioso livro amarelo (ao leitor não é dado a conhecer o título). A leitura causa grande impacto na mente do jovem, que começa por questionar sua percepção de vida até então. A força e a energia da cor do astro ratifica a revolução a qual o jovem já abraçara. A cor incita a alteração no olhar. Não é para menos que o girassol tenha sido flor encantadora para os decadentistas : sempre à procura de luz.

Um comentário:

  1. Pelo que percebo aqui no texto, a cor, a luz natural trazem um significado implícito em todas as coisas, que, desvendados, incitam novas motivações e realidades nunca antes cogitadas.
    Até a próxima cor.
    Elisabeth

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