O livro As cidades invisíveis, do cubano Italo Calvino,guia o leitor pelo instigante périplo de Marco Polo. Visitando diferentes cidades emissões diplomáticas, o veneziano descreve o que vê (ou o que pensa que vê) para o Imperador Kublai Khan que o ouve (ou pensa ouvir).
As palavras, como fotografias captando os instantâneos dos lugares, encantam pela precisão no escrutínio dos anseios, alegrias e medos humanos. Cada cidade parece personificar sentimentos inerentes aos indivíduos em suas lutas.
Hoje, visitamos Fedora, "metrópole de pedra cinzenta". Nela, cada habitante procurou um modo de transformá-la na cidade ideal. Daí, construía um modelo em miniatura numa esfera de vidro com alguma melhoria ou mudança que julgava necessária e as obras de arte ficavam no palácio da cidade. Assim, no atlas do império de Khan constava tanto a grande Fedora quanto as pequenas Fedoras encerradas nas esferas. "Agora Fedora transformou o palácio das esferas em museu: os habitantes o visitam, escolhem a cidade que correspondem aos seus desejos, contemplam-na imaginando-se refletidos(...)".
Até a próxima viagem...
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Percebo o quanto a literatura está intimamente ligada à história humana, através da observação, sentimentos que se perpetuam através da escrita.
ResponderExcluirbjs
Na literatura mundial desfilam personagens que trazem os sonhos e dramas de sempre. E é por isso que amamos as histórias, não é?
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