sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A leveza de Victor Hugo

"Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.".


"Sede como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas.".

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Lembrando John Keats, no dia de sua morte

"If I should die," said I to myself, "I have left no immortal work behind me — nothing to make my friends proud of my memory — but I have loved the principle of beauty in all things, and if I had had time I would have made myself remembered." 
  John Keats

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Contos de um leitor voraz VI

                Sentou-se, afinal! Procurara este instante durante todo o dia. As inúmeras atividades que um final de mês na repartição exigia não permitiram pausa qualquer. Agora, no entanto, um silêncio aconchegante descera.
              "Estamos esperando você no restaurante", gritou o Haroldo. "Chego já", disse. Mentiu. queria ficar ali. Respirou profundamente, fechou os olhos e foi arremessado nas areias de uma praia. Era uma ilha. Seu corpo todo doía. Seus cabelos pareciam mais longos e a barba estava por fazer. Fechou rapidamente os olhos e, ao abri-los, estava na sala vazia de novo. Riu-se, divertido. Fechou e abriu os olhos várias outras vezes, só que em intervalos maiores, aproveitando a prazerosa sensação de estar numa praia aparentemente deserta. Seria mesmo? Precisava conferir. Caminhou bastante e nem sinal de outros seres humanos. Teve fome. Avistou uma bananeira e fartou-se. Pensou em recolher gravetos e galhos para a fogueira da noite. A praia parecia ideal; a floresta poderia ainda esconder perigos, já que não a explorara.
                 A noite caiu e uma sensação de liberdade o abraçou até que adormecesse. Quando acordou, ainda estava na ilha. Abrira os olhos. Tinha feito a escolha certa.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Palavras

"W: Você é um mestre no manuseio da palavras. A dança que você promove constantemente é fascinante.

N: Palavras são sinais sonoros para conceitos. Porém, os conceitos são sinais - imagens mais ou menos bem definidas para sensações, grupos de sensações que se repetem e se juntam frequentemente. Para nosso bom entendimento não basta empregar as mesmas palavras. Devemos empregar a mesma palavra também para nos referirmos ao mesmo gênero de vivência íntima; devemos, enfim, ter uma experiência comum com o outro."

(Café literário com Wilde e Nietzsche,p.33)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A poesia, por T.S. Eliot

"Poetry is not a turning loose of emotion, but an escape from emotion; it is not the expression of personality, but an escape from personality. But, of course, only those who have personality and emotions know what it means to want to escape from these things.".

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A casa de Lobato

"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.".  



E não é que conseguiu? Morei nesta casa de Monteiro Lobato por muitos anos de minha infância.            

Hoje, Hemingway

"Todos os bons livros têm algo em comum - são mais verdadeiros do que se tivessem realmente acontecido.".

                Ernest Hemingway

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Austen em 'Persuasão'

'Muitas vezes perdemos a possibilidade de felicidade de tanto nos prepararmos para recebê-la. Por que então não agarrá-la toda de uma vez?'


'Devo ater-me a meu próprio estilo e seguir meu próprio caminho. E apesar de eu poder nunca mais ter sucesso deste modo, estou convencida de que falharia totalmente de qualquer outro.'

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Wilde e Nietzsche

  " W: (..)minha vida pertence à esfera da arte, não à esfera da ética ou da moralidade. Nada em nenhum momento, teve  realmente importância comparada com a Arte.

   N: Você queria ser 'lido', lentamente, com prudência e precaução, com segundas intenções, portas abertas, com dedos e olhos delicados(...)".

(Café literário com Wilde e Nietzsche, p.24)

Food for thought

"Suppose a man convince me of error and bring home to me that I am mistaken in thought or act, I shall be glad to alter; for the truth is what I pursue, and no one was ver injured by the truth, whreas he is injured who continues in his own self-deception and ignorance."

Marcus Aurelius (AD 180)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A alma, por Fernando Pessoa

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

O poeta, por Pessoa



O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Qual sua personagem favorita? II

O Rouxinol... O Rouxinol e a Rosa é um adorável conto infantil do querido Oscar Wilde. O pássaro tão cantado pelos poetas personifica um ve...