Sentou-se, afinal! Procurara este instante durante todo o dia. As inúmeras atividades que um final de mês na repartição exigia não permitiram pausa qualquer. Agora, no entanto, um silêncio aconchegante descera.
"Estamos esperando você no restaurante", gritou o Haroldo. "Chego já", disse. Mentiu. queria ficar ali. Respirou profundamente, fechou os olhos e foi arremessado nas areias de uma praia. Era uma ilha. Seu corpo todo doía. Seus cabelos pareciam mais longos e a barba estava por fazer. Fechou rapidamente os olhos e, ao abri-los, estava na sala vazia de novo. Riu-se, divertido. Fechou e abriu os olhos várias outras vezes, só que em intervalos maiores, aproveitando a prazerosa sensação de estar numa praia aparentemente deserta. Seria mesmo? Precisava conferir. Caminhou bastante e nem sinal de outros seres humanos. Teve fome. Avistou uma bananeira e fartou-se. Pensou em recolher gravetos e galhos para a fogueira da noite. A praia parecia ideal; a floresta poderia ainda esconder perigos, já que não a explorara.
A noite caiu e uma sensação de liberdade o abraçou até que adormecesse. Quando acordou, ainda estava na ilha. Abrira os olhos. Tinha feito a escolha certa.
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"O que ocorre, de fato, é que, quando me olho no espelho, em meus olhos olham olhos alheios; quando me olho no espelho não vejo o mundo...
Algumas vezes a introspecção se faz necessária.
ResponderExcluirE é um exercício diário, não? Bjs.
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