Renascimento da esperança. Esperança de novas realizações. Realizações que gerem alegria e paz. Alegria e paz que durem no novo ano. Novo ano de lutas e vitórias, trabalhos e descansos.
Que o Natal do Senhor Jesus inunde seus corações da mais viva alegria de ser na vida obra de arte.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
Oscar Wilde é cult - a Arte como transgressão
Rasgar fronteiras, desafiando com o corpo um estado de coisas conflitantes em relação à condição a que todo o indivíduo é 'chamado', tem sido o objetivo de diversas manifestações artísticas. Toda com um cunho político - no sentido amplo da palavra.
Em A alma do homem sob o socialismo, Oscar Wilde tece considerações acerca de um regime de governo que, longe de impedir o crescimento pessoal, oferece formas de incentivá-lo. Diferentemente do que alguns acredita, pensamos que não fora intenção de Wilde a pura defesa do socialismo - associando-se às ações politicamente engajadas da mãe -, mas sim a defesa de uma condição política e econômica favorável, que trouxesse tranquilidade tal (com trabalho para todos, sistema de saúde e educação funcionando com qualidade) que qualquer indivíduo se sentisse como é; uma obra de arte, impelido à concretização do projeto que é a sua vida.
Ora, este pensamento ' revolucionário' de finais de século XIX não estaria em relação direta com o desejo de tantos da contemporaneidade? As amarras que a necessidade de sobrevivência exige deixam em último plano o anseio por aquela suspensão do tempo, aquele momento de ócio em que o pensamento esteja livre para criar . Pensamos que isto seria uma proposta de 'des-governo'. Não precisar ser dirigido à busca de lucro exagerado bem estar social e econômico, preocupações com como parecer aos outros - tudo isto ainda parece acompanhar as noites de cansaço de muitos de nós. As ideias de Wilde desvelam a fagulha de um ideal que se quer amortecido. A Arte, no entanto, é chama, abrasadora. Chama, conclama, reclama.
Oscar Wilde é cult.
Em A alma do homem sob o socialismo, Oscar Wilde tece considerações acerca de um regime de governo que, longe de impedir o crescimento pessoal, oferece formas de incentivá-lo. Diferentemente do que alguns acredita, pensamos que não fora intenção de Wilde a pura defesa do socialismo - associando-se às ações politicamente engajadas da mãe -, mas sim a defesa de uma condição política e econômica favorável, que trouxesse tranquilidade tal (com trabalho para todos, sistema de saúde e educação funcionando com qualidade) que qualquer indivíduo se sentisse como é; uma obra de arte, impelido à concretização do projeto que é a sua vida.
Ora, este pensamento ' revolucionário' de finais de século XIX não estaria em relação direta com o desejo de tantos da contemporaneidade? As amarras que a necessidade de sobrevivência exige deixam em último plano o anseio por aquela suspensão do tempo, aquele momento de ócio em que o pensamento esteja livre para criar . Pensamos que isto seria uma proposta de 'des-governo'. Não precisar ser dirigido à busca de lucro exagerado bem estar social e econômico, preocupações com como parecer aos outros - tudo isto ainda parece acompanhar as noites de cansaço de muitos de nós. As ideias de Wilde desvelam a fagulha de um ideal que se quer amortecido. A Arte, no entanto, é chama, abrasadora. Chama, conclama, reclama.
Oscar Wilde é cult.
domingo, 7 de dezembro de 2014
Vítima inocente do destino
?
Não!
Desertara, de fato!
Escolhera este labirinto eterno,
sem saída.
Livre,
sem amarras
E,
definitivamente,
preso.
Morreria, por certo.
No entanto,
poderia chegar a um oásis.
Buscara a solidão.
Primeira noite:
Mil pensamentos distraíram a mente.
O silêncio era convidativo,
atraente.
Que lua!
Segunda noite
Silêncio.
Lembrou de alguns versos;
abriu um livro.
Sim,
trouxera vários.
Uma luz nova sob o texto:
bela descoberta!
Silêncio.
Décima noite.
A cada texto trazia uma nova leitura.
Queria gritar!
Gritou,
ninguém ouviu,
ninguém respondeu,
ninguém soube!
Desertara!
Sentiu saudades sem saber de quê!
Chorou,
dormiu.
Vigésima quinta manhã.
Uma caravana!
Miragem?
Real!
Correu e ofereceu suas mãos para o trabalho.
Em troca de quê?
Só do som alegre das vozes das pessoas.
Alistara-se.
Não!
Desertara, de fato!
Escolhera este labirinto eterno,
sem saída.
Livre,
sem amarras
E,
definitivamente,
preso.
Morreria, por certo.
No entanto,
poderia chegar a um oásis.
Buscara a solidão.
Primeira noite:
Mil pensamentos distraíram a mente.
O silêncio era convidativo,
atraente.
Que lua!
Segunda noite
Silêncio.
Lembrou de alguns versos;
abriu um livro.
Sim,
trouxera vários.
Uma luz nova sob o texto:
bela descoberta!
Silêncio.
Décima noite.
A cada texto trazia uma nova leitura.
Queria gritar!
Gritou,
ninguém ouviu,
ninguém respondeu,
ninguém soube!
Desertara!
Sentiu saudades sem saber de quê!
Chorou,
dormiu.
Vigésima quinta manhã.
Uma caravana!
Miragem?
Real!
Correu e ofereceu suas mãos para o trabalho.
Em troca de quê?
Só do som alegre das vozes das pessoas.
Alistara-se.
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