?
Não!
Desertara, de fato!
Escolhera este labirinto eterno,
sem saída.
Livre,
sem amarras
E,
definitivamente,
preso.
Morreria, por certo.
No entanto,
poderia chegar a um oásis.
Buscara a solidão.
Primeira noite:
Mil pensamentos distraíram a mente.
O silêncio era convidativo,
atraente.
Que lua!
Segunda noite
Silêncio.
Lembrou de alguns versos;
abriu um livro.
Sim,
trouxera vários.
Uma luz nova sob o texto:
bela descoberta!
Silêncio.
Décima noite.
A cada texto trazia uma nova leitura.
Queria gritar!
Gritou,
ninguém ouviu,
ninguém respondeu,
ninguém soube!
Desertara!
Sentiu saudades sem saber de quê!
Chorou,
dormiu.
Vigésima quinta manhã.
Uma caravana!
Miragem?
Real!
Correu e ofereceu suas mãos para o trabalho.
Em troca de quê?
Só do som alegre das vozes das pessoas.
Alistara-se.
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