sábado, 25 de outubro de 2014

Shakespeare e Wilde II

                               Em O crítico como artista  - texto primoroso - Wilde faz uma reflexão iluminada acerca da personagem Hamlet. Comentando a indecisão do jovem em vingar a morte do pai, Wilde diz que Hamlet nunca poderia cometer qualquer ato do tipo, já que era um homem do pensamento e não da ação. O fantasma do pai pedia a vingança. O que fazer então? Hamlet recorre à arte e encena todo o crime cometido pelo tio, e ali, na pele de um ator, encena sua vingança. A peça dentro da peça tem  efeito  catártico. O tio se sente acuado e a vingança se inicia sem que Hamlet tivesse que tomar a iniciativa sangrenta de pronto.
                              Wilde mostra como a criatividade do bardo celebrou nesta cena a força da obra artística.

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