Num 16 de outubro, provavelmente um dia comum, de sol ou tempo nublado, na Irlanda florida ou não, numa hora com muita ou pouca gente nas ruas, logo cedo ou à tarde nasceu um dos maiores expoentes da literatura em língua inglesa - Oscar Wilde. E a escrita ganhou contornos paradoxais, irônicos, de uma leveza e profundidades desconcertantes
Li pela primeira vez um texto seu na adolescência - O rouxinol e a rosa - e me encantei com o bordado das palavras, tecidas cuidadosamente para assombrar. Não parei mais.
De 2002 à 2009, no Mestrado e Doutorado, sua obra completa foi companheira de cabeceira, finais de semana, viagens e sonhos (sonhei certa vez que conversávamos no sofá de minha casa). Wilde fez e faz parte de minha vida e sua escrita de sangue - diria Nietzsche - marcou para sempre os meus dias.
Escolhi hoje esta frase divertida e repleta da ironia que só ele podia imprimir na pena
“I am so clever that sometimes I don't understand a single word of what I am saying.”
― em "The Happy Prince and Other Stories
Saudades, Oscar!
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