segunda-feira, 29 de abril de 2013

Uma carta, por Jane Austen

"I can listen no longer in silence. I must speak to you by such means as are within my reach. You pierce my soul. I am half agony, half hope. Tell me not that I am too late, that such precious feelings are gone for ever. I offer myself to you again with a heart even more your own than when you almost broke it, eight years and a half ago. Dare not say that man forgets sooner than woman, that his love has an earlier death. I have loved none but you. Unjust I may have been, weak and resentful I have been, but never inconstant. You alone have brought me to Bath. For you alone, I think and plan. Have you not seen this? Can you fail to have understood my wishes? I had not waited even these ten days, could I have read your feelings, as I think you must have penetrated mine. I can hardly write. I am every instant hearing something which overpowers me. You sink your voice, but I can distinguish the tones of that voice when they would be lost on others. Too good, too excellent creature! You do us justice, indeed. You do believe that there is true attachment and constancy among men. Believe it to be most fervent, most undeviating, in F. W.

I must go, uncertain of my fate; but I shall return hither, or follow your party, as soon as possible. A word, a look, will be enough to decide whether I enter your father's house this evening or never.”


Persuasion


Esta é uma das minhas passagens favoritas de Jane Austen. Uma carta... muito bem escrita.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Delírio

                                     No livro retido na memória
                                     Transito,
                                     Levemente.

                                     Recuo e avanço
                                     Sem temor

                                     As páginas desérticas
                                     Serpenteiam,
                                     Suavemente.

                                     E eu sou mil
                                     De novo

                                     Tenho os arroubos do jovem
                                     E a serenidade do ancião
                                     Sei o tudo da juventude
                                     E o nada da maturidade

                                     Quero nada
                                     Alcanço a paz.
                 
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Acerca do amor V - em mim

    O amor me move; teço meu  lugar no mundo nele e por ele. Nele me conheço e entendo o outro; por ele, me perdoo e tenho compaixão do outro. Por ele, enxergo a dor no outro, que também é minha. Nele venço com alegria as tribulações, testes da vida, e recomeço e teço mais uma vez um ponto de partida.

Acerca do amor IV

"É porque sou totalidade que sou capaz de colocar o outro no mundo e de me ver ser limitado por ele. Pois o milagre da percepção do outro reside primeiro no fato de que tudo o que pode valer como ser a meus olhos só ocorre tendo acesso (...) a meu campo, aparecendo no balanço de minha experiência, entrando em meu mundo, o que quer dizer que tudo o que é verdadeiro é meu, mas também que tudo o que é meu é verdadeiro e reivindica como sua testemunha não apenas eu mesmo no que tenho de limitado, mas também um outro(...)."  A prosa do mundo, Merleau-Ponty


    Quando assumo o roteiro de minha história, que é história de amor, o outro se insere e se encaixa perfeitamente como companheiro de jornada. Minha solidão recebe uma companhia e a experiência do mundo se torna mais rica; os olhares interagem e os sonhos se aproximam.

domingo, 21 de abril de 2013

Acerca do amor III- na Literatura



"O amor é realmente uma coisa maravilhosa. É mais precioso do que as esmeraldas e mais precioso que esplêndidas opalas. Pérolas e granadas não podem comprá-lo, porque não se acha exposto nos mercados(...)o Amor é mais sábio do que a Filosofia, ainda que esta o seja, e mais forte que o Poder, ainda que este o seja. Suas asas têm a cor de chamas e seu corpo cor de fogo. Seus lábios são doces como o mel e seu hálito é como incenso(...)" . Oscar Wilde- O rouxinol e a rosa- 1888

sábado, 20 de abril de 2013

Acerca do amor II

                            "O que é o amor", perguntou-lhe.
                             Sorriu, cansado.
                           "O que faz a beleza da vida."
                           "Huumm."
                           "Filha,olhe em volta e diga o que vê."
                           "Flores, alguns insetos, o sol, um ventinho gostoso..."
                           "Sente o vento, mas não o vê, não é?"
                           "Não."
                           "O amor é assim. Você o 'vê' na família, nos amigos, na natureza, em toda
                             a Criação."
                           "Em mim e em você?"
                           "Sempre."

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Acerca do amor

                 O filme Amor, de Michael Haneke, incentiva uma reflexão acerca deste sentimento que tantos tentaram definir, concentrando em algumas palavras, todo o seu esplendor. Este fogo que arde sem se ver tem sido escrito e cantado ao longo dos anos sem que sua força se esgote. Suas chamas prometem a todos os corações calor em meio à alegria ou sofrimento. A felicidade que ele traz é única e definitiva. Todos amam - crianças e adultos.
               Neste instante, o pensamento se detém no amor a si mesmo - condição essencial de sobrevivência. Amar a si mesmo é o início de uma linda história de amor, disse Oscar Wilde. Somos uma história de amor - de Deus, de nossos pais.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Merleau-Ponty...uma vez mais


 

" O artista é aquele que fixa e torna acessível aos demais humanos o espetáculo de que participam.".

 Pelo acesso às obras artísticas, os olhos se abrem, as perspectivas se renovam e o indivíduo se torna mais solidário.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tabuleiro

                                   Na alegria do jogo
                         O reflexo da criança esquecida
                         É metamorfose de mim

                         Os dados do destino
                         Deslizam
                         Numerando um caminho de sonho
                         Colando e descolando
                         Existências de magia
                         Ali
                         Naquele instante
                         No tabuleiro

O espelho



                                O espelho diz do outro
                             Não de mim
                             Diz do fim
                             Quando ainda sou começo
                             Diz do não
                             Quando insisto noutro sim
                             Diz do cansaço
                             Quando ainda há luta em mim

Qual sua personagem favorita? II

O Rouxinol... O Rouxinol e a Rosa é um adorável conto infantil do querido Oscar Wilde. O pássaro tão cantado pelos poetas personifica um ve...