quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Diário de uma viajante

 Ao passar por Vilar Formoso, cidade fronteiriça entre a Portugal e Espanha, medito na arte de se estar na entrelinha., no entre-lugar. E como experimentamos diariamente as fronteiras entre a dor e a alegra, o amor e a raiva, a indiferença e a solidariedade. E ainda, como precisamos encontrar em nós aquele instante 'entre' que nos possibilita a vivência do equilíbrio. Diziam os avós "nem tanto ao mar nem tanto à terra". A virtude está nomeio, que, longe de significar incerteza, produz eficiente cisão. Assim, nas linhas da vida, buscamos traçados firmes e ternos, calorosos tornados de temperança. Mais uma fronteira ultrapassei. O Rio Douro me acompanha, de Portugal à Espanha. Não o mesmo rio, pois a cada olhar ele se metamorfoseia, como a brincar. Neste jogo, ingresso,divertida e sem temor.

2 comentários:

  1. Os dito popular mencionado no texto revela muita sabedoria. O "meio" o " estar entre" é ao meu ver o que vivenciando no tempo presente, ligados ao passado e a postos para o futuro.

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  2. É isso, Beth. Parece-me se às vezes difícil manter o equilíbrio, mas quando conseguimos é fácil perceber o bom resultado. Obrigada . Bjs.

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