terça-feira, 29 de abril de 2014

A lição do silêncio

                          São muitas as vozes; ruídos se multiplicam. No labiríntico cotidiano de sons, diluímos nossas emoções, sem tempo para meditar. Como se o tempo não tivesse sido nossa invenção e, por isso, não tivéssemos sobre ele controle. No entre lugar, naquela fresta, naquele sulco jaz o silêncio de que precisamos, às vezes sem saber. Refugio-me ali, agora, por um instante. Aí, então, o silêncio ainda me diz que sou arte; que escrevo de mim todos os dias. São linhas tortas ou retas, firmes ou vacilantes, mas...tudo de mim. O silêncio me lembra a que fui chamada, me lembra de minha constituição real. Sou obra de arte.

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