Na coletânea de textos Azul, o poeta nicaraguense Rubén Darío transita pelo sentimento de melancolia que a bela cor evoca.
Em El fardo, Darío mergulha "allá lejos, en la línea, como trazada por un lápiz azul, que separara las aguas y los cielos" na árdua vida do pescador tío Lucas. Enquanto "todos los lancheros se habían ido ya", o trabalhador permanecia tentando dias melhores. A dor da perda de um filho - "en el oficio, por darnos de comer a todos: a mi mujer,a los chiquitos y a mí que entonces me hallabe enfermo"- é contada com os toques dapena deste decadentista admirador e amigo de Oscar Wilde. As poucas linhas do conto são suficientes para que o leitor se enamore deste personagem lutador.
Tío Lucas iniciara o jovem filho no ofício por necessidade,"se quiso onerlo a la escuela desde grandecito", mas a numerosa família exigia jornada maior e dobrada. Em "un bello dia de luz clara, de sol de oro", estandotío Lucas adoentado, o filho foi sozinho e após um acidente "el espinazo desencajado y echando sangue negro por la boca", deixou esta vida. O poeta despede-se do pai sofredor, toma o caminho de casa a passos rápdosaceitando "una brisa glacial que venía de mar afuera, que pellizcaba tenazmente las narinas y las orejas", compartilhando da dor da perda daquele homem também artista da vida, que driblando as tribulações, insiste na esperança.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
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Bacana a história relatada no texto. Aprende-se muito visitando seu blog
ResponderExcluirboa tarde