Adormeço o passo enquanto, à minha volta, a agitação frenética persiste. A arte de ver o belo em tudo parece contaminada e abafada pelo acúmulo de informações, cores, aromas e sons. As inúmeras opções de lazer, de compras distraem o indivíduo do inerente desejo de pausa. O culto ao ócio tão prezado aos artistas do século XIX - que bem entendiam da necessidade do exercício do pensamento para um melhor desenvolvimento das potencialidades - foi substituído pela ação excessiva até nos momentos que seriam de descanso. É como se pairasse sobre aquele que se decide pela pausa uma certa 'culpa'.
Amorteço o passo e penso que escolho a pausa. Para fazer nada e fazer deste nada o tudo de descanso que meu corpo e minha mente necessitam, para perceber os sons encantadores da natureza, das vozes queridas, das risadas infantis. Escolho a pausa e torço por mais companheiros de jornada.
Vem comigo?
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
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"O que ocorre, de fato, é que, quando me olho no espelho, em meus olhos olham olhos alheios; quando me olho no espelho não vejo o mundo...
Percebo a sua mensagem e "chamada" neste diário para que se busque o que é essencial, o que realmente irá nos trazer a serenidade, o entendimento das coisas, e consequentemente o nosso desenvolvimento, bem como daqueles que nos cercam.
ResponderExcluirO mundo de hoje é realmente muito convidativo ao consumismo e lazer exagerados.
boa noite,
Beth