Desço a rua da Fábrica, admirando cada detalhe e inspirando o ar trabalhador, vigoroso, que ela exala. Não se anda vagarosamente por sua estreiteza. O passo se acelera como que num passe de mágica. É rua séria, resignada à velocidade da era moderna, acostumada à indiferença de alguns transeuntes. Traz, contudo, para mim, o encanto das pedras e asfalto que acolhem e entregam com presteza os visitantes à Avenida dos Aliados. Nesta, que brilha com tal intensidade, a passada diminui automaticamente. É ampla, clara, de uma alegria singular, sofisticada - e ao mesmo tempo simples - e contagiante. Suas calçadas convidam ao descanso, à pausa que restaura.
Fecho os olhos e imagino Fernando Pessoa ou mesmo João do Rio - grande amante das terras portuguesas - absorto em pensamentos de textos ainda retidos na imaginação. O passo é suave. A noite vai caindo, as luzes se acendendo e as pedras se tornam ainda mais cintilantes. Paro e escrevo também linhas na imaginação e estas linhas são ainda meu esboço.
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Mas que bela viagem você está fazendo Stella!
ResponderExcluirE isso é apenas um esboço heim? . Imagine quanta emoção ainda vem por aí.
Bjs
Elisabeth Pinto
Espero que você goste mesmo.Muitas surpresas estão reservadas. Bjs.
ExcluirParabéns Stella pelo seu belo trabalho!
ResponderExcluirObrigada, Ana. São os leitores como você que animam o texto. Bjs.
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