A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a desvanecida
Violeta, monumento de uma tarde
Sem dúvida inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas, taças, cravos,
Servem-nos, como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão para além de nosso esquecimento;
Nunca saberão que partimos em um momento.
As coisas
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Qual sua personagem favorita? II
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Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra , de Mia Couto, lembra uma fábula, como que contada ao redor da fogueira numa noite de inverno....
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Ah...pergunta difícil... Foram muitas risadas, calafrios, lágrimas...ao longo dos anos. Foram homens e mulheres que me acompanharam na infâ...
Até mesmo as coisas inanimadas podem revelar encanto.
ResponderExcluirÉ incrível como a genialidade de Borges pode tornar coisas comuns poesia. Obrigada pela participação. BJS.
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